A resposta para aquela única pergunta que impossibilitava minha tranqüilidade era não. E assim perdi mais horas ao tentar imaginar recursos para manter alguma dúvida perante a certeza ignorada de inexistir outras interpretações.
Mantive o silêncio, a serenidade
nos olhos; sequer permiti meu coração apressar o ritmo como forma de expor
fisicamente a decepção, e então senti algo.
Senti dentro de mim algo bom, como
uma brisa fresca no rosto, como uma graça boba e inocente... Senti a aceitação. Ao
redor olhei as pessoas e compreendi-as, neste momento único eu as considerei
próximas a mim. Desobstrui a via entre a verdade e os meus desejos, e esses se
uniram para formar um lapso de descoberta ou desilusão.
Adianta esperar? Adianta confiar ao
futuro todos os sins? Ter
esperança é não encontrar a resposta premeditada.
Ter esperança é não.
E nos segundos finais eu já havia
esquecido qual era a pergunta.
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