sábado, 5 de novembro de 2011

não fosse





Não fosse um sonho inocente e perturbado,
A inocência de um desgosto sem culpados.
Um desgosto sem vítimas ou cúmplices.

Não fosse um lembrar a cada dia,
Não fosse um simples piscar de emoções latejantes.
Sangue que flui neste tumor enraizado
no sentido mais secreto de natureza humana.

Aqui tu estás
Aqui tu jazes
Aqui jamais tu deixarás de fluir.

Não fosse o vento que me traz teu cheiro
Não fosse o silêncio que incendeia a tua alma
que persiste em mim

Estaria em paz.

Todos os caminhos terminam em ti. 
Todos os sentidos revelam-te em mim,
Sou naturalmente teu, só teu, enquanto meu sangue fluir e alimentá-lo.
Enquanto eu não possuir paz.

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