Ofegante
Céu que ilumina a profundidade parética,
Um limiar além de sensos comuns.
Olhar sem brilho, senescente,
fictício entre agrados estabelecidos.
Não ouço.
Folhas que revoltam ao vento;
outonais, esquecidas e o frio indeciso.
O chão acolhe-me atônito,
Um vivenciar de inspirações plásticas.
Não espero.
Desabrochem, pois há outros
Vívidos e silenciosos
Alimenta-os enquanto houver esperança
Vento que traz despertar verdejante.
Outono seco em fantasia púbere
alimenta-os,
Regozija a minha fome,
Silencia
Pois eu me concluo, enfim, sem ti.