sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

liberto



Ofegante
Céu que ilumina a profundidade parética,
Um limiar além de sensos comuns.
Olhar sem brilho, senescente,
fictício entre agrados estabelecidos.

Não ouço.
Folhas que revoltam ao vento;
outonais, esquecidas e o frio indeciso.
O chão acolhe-me atônito,
Um vivenciar de inspirações plásticas.

Não espero.
Desabrochem, pois há outros
Vívidos e silenciosos
Alimenta-os enquanto houver esperança
Vento que traz despertar verdejante.

Outono seco em fantasia púbere
alimenta-os,
Regozija a minha fome,
Silencia
Pois eu me concluo, enfim, sem ti.




quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

nada além


As horas passam egoístas. Tomam para si, e apenas para si, uma  determinação de sabedoria hesitante.

O vento sopra em dias que dão à luz a si próprios, na imutabilidade de minhas dúvidas inerciais.

Corpo e mente atônitos ao entardecer.


terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

despertar





Sinto uma pequena brisa. 
Meus olhos fecham.

Ouço ao longe um vento já conhecido
a balançar pensamentos,
a reascender memórias 
desgastadas, em silêncio. 

Uma pequena brisa
que perturba o despertar
anseia
alimenta sorrateira
um exaurido sentimento. 

Outra vez desperta a sensatez fria
de cores fracas,
tímida.
Um olhar de realidade 
que destila 
a vida antagônica
e me faz degustar
a profundidade de ideais vazios.

Fecho os olhos
e deixo embrenhar entre minhas várzeas
Eu.