domingo, 13 de novembro de 2011

solidez






O olhar de súplica
faz o enternecer uma rotina frígida.


A confiança sem amparo e a busca
por nossa essência acolhedora e figurativa,
que o tempo roubou de idealizações frustradas,
eu sinto.


O olhar de súplica reflete na solidez inconsciente
do cansaço e desilusão
da ofensa que os dias trazem à esperança,
daqueles que me moldam; incapazes, fantasiosos.


Perdoem-me, olhos.
Quisera eu ter todas as possibilidades.
Perdoem-me por não fazê-los sentir a essência,
Esperava encontrá-la ao longo desses anos de luta e ingenuidade.


Só possuo mãos vazias e vontade agonizante.
Possuo a voz, mas não ofereço os melhores conselhos.
E meu olhar não consegue esconder a vergonha.
A minha essência não os ampara.




Perdoem-me, olhos.
Gostaria de poder acalentar suas súplicas,
incentivar seus sonhos, interpretar seus medos.
Mas minha essência não os ampara


Quisera eu ter todas as possibilidades
e vocês, meu mais sincero prazer.
Perdoem-me.