quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Olhos

São tantos os olhos,
São tantos os olhos que se cruzam cegamente.
Encaram o redor 
Ambientados
Silenciados na exigência interna de ser 
De ser um aqui neste exato momento 
Um que só enxerga-se e nada além.

São olhos. Eu observo no brilho fosco
Limitado. 
Olhos que enxergam tudo. 
Olhos que sensibilizam apenas um:
Egoísmo de ver e viver,
Silenciados na exigência interna de ser 
um ou mais um. Porém um. 

São tantas as pessoas,
São tantos olhares que se cruzam inertes 
Luz que não sente a luz 
De focos instantâneos 
De sentimentos intensos 
Silenciados na exigência interna 
De ter. 

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