quarta-feira, 7 de julho de 2010

perspectivas inspiratórias






A cada inspiração uma promessa e um novo começo... até certo ponto um outro limite eu tento vislumbrar. Quando expiro uma decepção apaga esse momentâneo furor, tão momentâneo que apenas um indício de prazer de se ter perspectivas eu provo, e sinto saudade.

Sinto-me seguro em afirmar que o ser humano caminha em suas perspectivas; mesmo que muitas não se completem, ter algo por que buscar e empregar as determinações é um meio muito eficiente de confirmar-se nesse mundo. Lutar por lutar basta para se sentir capaz de viver, pois a vida é uma luta aquém de vencedores ou perdedores.

A vida quer o suor enquanto nos digladiamos iludidos, enquanto pensamos em uma vitória inexistente. A rebeldia, a força, a determinação e o desafio é o alimento da vida, vencer é o contentamento do homem. E quando se perde nascem novas ascensões para se ganhar, e assim continuam as personalidades.

Porém quando expiro eu compreendo; uma das poucas vezes... Penso que não adianta criar as maiores perspectivas quando o prazer de vencer é inexistente, quando já se sabe o fim. Não que eu queira vencer, já disse que isso não existe; porém todos cegamente buscam a vitória como expressão máxima da própria capacidade, do sucesso, e eu não conheço esse sucesso, pois tudo é muito vago. 

As minhas perspectivas inspiratórias ajudam-me a entender um pouco esses muitos outros, tantos iludidos, mas quem sou eu para julgar? Às vezes me culpo por tentar conhecê-los ao me basear no que em mim é diferente. Sempre há a possibilidade de eu estar profundamente enganado em relação a tudo além de eu próprio. 


Tenho medo.

Nenhum comentário: