quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

fim






Nada me assusta mais que um fim, um fim apenas. O término vazio, silencioso, incapaz de oferecer ao menos uma perspectiva. Todas as minhas forças de conquista e dedicação se concentram nesse ponto não sei aonde, nesse ponto no qual finalmente lançarei um olhar para trás e um suspiro concentrado a tudo o que pela última vez vislumbrarei. 

Com um ar melancólico, ao desprezar uma certa gratidão, eu reverenciarei o fim, e o odiarei, novamente em silêncio. E com calma meu corpo retornará a um eixo de forças imaturas, ainda a passos trêmulos, porém de coragem inabalável.
Antes de abrir os olhos à frente inspiro com alívio um novo ar e o cheiro suave de todos os potenciais ao florescerem, ainda tão jovens e confusos... Junto a mim, o espólio que me trouxe e me tormenta, cautelosamente equilibrado a cada passo, permitido apenas impulsionar-me com lampejos de uma esperança aventureira, e neutralizado quando, incessante, tenta obscurecer a minha vista ou abrir meus olhos além do necessário.
Lutamos tanto por um fim e sempre encontramos novos começos.
Que seja assim!

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