Por mais que eu tente definir e construir um valor a tudo, moldar
um significado e concluir com poucas palavras os porquês das situações, ao fim "algo complexo" nunca deixa transparecer um entendimento. Ao fim jamais alcancei a
claridade de ideais e a plenitude de sentidos, a tão sonhada natureza entre a
obscuridade.
Não consigo acompanhar, é muito para essa pequena mente
despreparada, tantas vezes preguiçosa e sempre em revolta... Isso me cega. Pois
eu não sabia, mais uma vez eu não sabia que minhas próprias indefinições podiam
transformar todos os potenciais.
Havia potenciais, apesar de tantos
questionamentos, apesar de vários despreparos e não colaboração entre esses
dois teores que lutam para se equilibrar.
Houve o carinho, a troca de palavras
transformadas em voltade e afirmação; sentimentos cresceram e souberam
como amadurecer e alegrar-se em meio a tanta turbulência e medo. Mas hoje, por
mais uma vez devido a eu não saber, não tenho nada.
Pensei muito, imaginei-nos
esclarecidos e realizados, mas minha incessante capacidade de jamais me
estabilizar e o meio que me sufoca ao tentar encontrar-me em outro destruíram
talvez a minha oportunidade mais sincera.
Pois eu amo com sinceridade, e tento seguir como se a vida fosse
etapas entre desejos e sonhos não realizados. Mas os potenciais não me deixam
descansar, e quando penso como tudo poderia ser na ausência de parte de mim e
de parte do meu meio, eu me entristeço, e peço ao silêncio um dia sem
pensamentos.
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